Segundo dia do Lollapalooza

Público bem menor no segundo dia do Lollapalooza

O segundo dia do Lolla foi bem mais tranquilo. Filas inexistentes e trânsito razoável. Visivelmente mais vazio que o dia de ontem, o último dia do festival foi marcado pela chuva e muitos raios.

Cheguei mais tarde, por volta das 15h30, o público também foi chegando ao longo do dia, até porque era domingo de Páscoa e muita gente resolveu almoçar com a família antes. Bom, mas vamos ao que interessa…

Infelizmente não consegui chegar a tempo para ver o Thievery Corporation, mas bem na hora do Friendly Fires. Apesar de entrar cedo, a banda inglesa era uma das atrações mais esperadas do dia. Com uma mistura de indie rock com dance music, o grupo animou os descolados do festival. Com um repertório que inclui sucessos como “Paris” e “Skeleton Boy”, o “dançante” vocalista Ed Macfarlane segurou o quanto pode a atenção da galera, porém, o som previsível, e que soa igual em praticamente todas as músicas, foi cansando o público já castigado pelo forte calor.

Friendly Fires que lotou o palco Butantã

Friendly Fires e o dançante vocalista Ed Macfarlane

A surpresa da programação foi o grupo americano Manchester Orchestra. Com um som bem mais pesado, os meninos de Atlanta, pouco conhecidos por aqui, conseguiram equilibrar o show que alternava momentos mais agressivos com um som mais mellow, diria até “deprê”. Conquistaram o grande público que se formou na arena principal. Ao fim da apresentação, o dia virou noite de uma hora para outra. Ventos fortes e nuvens negras e carregadas assustaram o público que já se dirigia para o palco Butantã. A chuva veio e ficou durante todo o show do MGMT, aliás, a cada raio (e foram muitos) o público se manifestava aos gritos.

A boa surpresa Manchester Orchestra

E o dia virou noite...

A banda MGMT, que é uma das principais referências da atualidade quando se fala em indie pop music, acabou abrindo caminho para outras, como, por exemplo, Foster The Peolple, uma das atrações mais esperadas do segundo e último dia do Lolla. MGMT mostrou um pouco do novo repertório (estão para lançar um álbum), mas foi com os hits “Time To Pretend”, “Electric Feel” e o mega sucesso “Kids” que o grupo segurou o público até o fim, já que este estava ansioso para conferir Foster no outro palco.

MGMT

Foster The People fez um show previsível, mas isso não foi ruim, pelo contrário. Com apenas um álbum, o grupo deixou claro o porquê foi a sensação da cena indie em 2011. Com bons e respeitados hits, a banda animou a plateia molhada e mostrou que também são bons de palco. Com um visual meio mauricinho revoltado, os meninos têm vocação para pop stars, no melhor sentido boys band, mas com um som bem mais bacana. “Call It What You Want”, “Helena Beat” e, principalmente, “Pumped Up Kicks” são músicas realmente acima da média. Infelizmente, nesse horário, estava rolando na tenda Perry o celebrado DJ do momento Skrillex, que acabei não vendo por conta da apresentação do Foster. Fica para próxima.

Os mauricinhos-indie do Foster The People

Uma das atrações mais esperadas (por esta pessoa que vos escreve) era o show do Jane’s Addiction. Confesso que sou fã do grupo do curador e dono do Lollapalooza Perry Farrell, aliás, curto também a outra banda do cantor, a extinta Porn for Pyros. O rock alternativo dos já senhores atraiu um público jovem e curioso, porém, não por muito tempo, já que boa parte se dirigiu para a tenda ao lado, esperando os atrasados Racionais MCs (a exceção em pontualidade no festival). Curti a apresentação do Jane’s – e a energia do Farrell -, apesar de ter sido abandonada pelos meus amigos, que queriam ver Mano Brown e cia, em vão.

Jane's Addiction

Com o atraso, fomos ao palco principal conferir o show do Arctic Monkeys. Apresentação competente, mas fria, no meu ponto de vista. Vocal impecável e acordes idem, confesso que Arctic não me anima muito, apesar do último álbum ser excelente. Fui embora antes do fim, já morta de cansaço. A volta foi bem mais tranquila do que da noite anterior, como tudo, aliás.

Arctic Monkeys que encerrou a primeira edição do Lollapalooza Brasil

No próximo post falarei sobre a organização e o que funcionou e não na primeira edição do Lollapalooza Brasil.

2 pensamentos sobre “Segundo dia do Lollapalooza

  1. malu disse:

    E o calvin harris??

    • Kaká Felipe disse:

      Oi, Malu
      Foi bem na hora do show do Foo Fighters…era impossível sair de onde estava (no canto esquerdo do palco), atravessar umas 40 mil pessoas para chegar até a tenda…só conseguiria chegar depois do show, certeza.
      bjo

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