Primeiro dia do Lollapalooza


Primeiro dia do Lollapalooza Brasil

Galera, desculpa a demora, mas fiquei sem internet nesse feriado (aliás, ainda estou…tive que arranjar um 3G) e para completar o nosso serviço de telefonia é precário, o que me impossibilitou de ficar mandando notícias direto do Lollapalooza. Enfim, cá estou e vou escrever sobre o primeiro dia, e mais tarde sobre o segundo…

No último sábado (7), cheguei cedo ao Jockey Club, local onde aconteceu o Lolla, e praticamente não peguei fila alguma. Deixei meu carro no Shopping Eldorado, peguei tranquilamente o ônibus – gratuito – fornecido pelo festival e cheguei ao Jockey por volta da 13h30. O público ainda estava chegando, mas longe do Lolla estar vazio. Comprei as fichas (para comprar bebida, comida etc.) sem nenhuma fila e fui andar para conhecer o “Circo Musical” do Perry.

Peguei um pedaço do show do Wander Wildner, que mal prestei atenção já que estava curiosa para ver os outros palcos. Assisti a um pouco da apresentação do Marcelo Nova, que rolava no palco principal….mas quem me fez parar mesmo foi a dupla brasileira de hip-hop Veiga & Salazar. Tocando na tenda Perry, o show foi marcado pela grande presença de convidados. O famoso rapper X foi um dos mais ovacionados. Há algum tempo sem tocar, a dupla não fez feio e deixou claro que o hip-hop voltou ao cenário brasileiro e em sua melhor forma. Estava com um amigo americano e, para eles que curtem e muito esse segmento, vê-lo aplaudir com tamanho entusiasmo é porque o som de Veiga & Salazar agradou mesmo ao público – mais jovem – do festival.

Galera ainda chegando no Lollapalooza durante o show do Marcelo Nova

Veiga & Salazar feat. X

A primeira atração que eu realmente queria ver no primeiro dia foi o grupo americano Cage The Elephant. A banda, que foi apadrinhada pelo Foo Fighters, entrou pontualmente (aliás, todos entraram) no palco Butantã e o vocalista Matt Schultz já chegou um tanto quanto alucinado. O som baixo prejudicou a apresentação da banda de rock que vem sendo aclamada como o novo Nirvana. Bom, nem preciso dizer que o vocalista faz de tudo para ficar parecido com Kurt Cobain (ainda tem que comer muito arroz com feijão, querido), mas o som é realmente bom. Um rock mais sujo e atitude de quem não está nem aí para ninguém, Cage fez uma apresentação de menos de 1h e Matt se jogou sobre o público duas vezes. A banda, que está em seu segundo disco “Thank You, Happy Birthday”, tem tudo para dar certo, caso não se perca no tentador caminho de ser apenas uma cópia de um grande grupo.

Apresentação do Cage The Elephant

Vocalista do Cage, Matt, se jogou no público no final do show

A essa altura do campeonato, o Jockey já estava bem mais cheio, aliás, o público começou a chegar lá pelas 4, 5 horas e a fila para comprar fichas e ir ao banheiro estavam insanas. Vi um pouco do show do Rappa, no palco principal, e corri (na medida do possível) para ver Band of Horses. Perdi o começo porque fiquei pelo menos meia hora para ir ao toallet. Confesso que conhecia muito pouco do grupo de indie folk rock. Percebi que o show não empolgou o público, mas na verdade acredito que a banda estava um pouco deslocada. Som bom, porém um tanto diferente das outras atrações.

Show do Rappa no palco Cidade Jardim

Público grande, porém, desanimado

Mas a grande frustração ficou com TV On The Radio, não porque eles fizeram um show ruim, mas porque pouco pude conferir da apresentação, já que nessa hora eu estava tentando comprar fichas (mais de 40 min.). As apresentações tinham em média 1h, aí já viu o quanto consegui ver da banda de Nova York. Sem mais.

Só o que consegui ver do TV on The Radio

De um modo geral, Joan Jett & The Blackhearts foi uma das melhores apresentações do Lollapalooza. Show enxuto, mas animado e com grandes hits, a cantora deixa claro que ainda não perdeu a forma – literalmente. Muito fã (eu) da extinta banda The Runaways, Joan tocou alguns clássicos de quando ainda era adolescente, como, por exemplo, “Cherry Bomb”. Jett reinou sozinha num festival que privilegiou a ala masculina. A cantora ainda voltou para dar uma canja no show do Foo Fighters. Bom para mim que tive que sair antes do fim da apresentação de Joan, para conseguir em vão um lugar ao “sol” no show do Foo…

Joan Jett reinou soberana com a banda The Blackhearts

As estrelas da noite eram inevitavelmente os meninos do Foo Fighters. Com uma apresentação que durou exatas 2h35min, a banda deu preferência aos clássicos, para alegria dos fãs de carteirinha. Dave, como de costume, foi um tanto blasé, apesar do esforço em mostrar o quanto estava feliz em realizar um dos shows mais esperados no Brasil. O vocalista, que estava bem rouco devido a problemas na garganta e, claro, por conta dos últimos dois shows, dias antes na Argentina, fez caras e bocas e, em certo momento da apresentação, foi para bateria (seu antigo posto na extinta banda Nirvana). Durante um pequeno intervalo, Grohl e o baterista Taylor Hawkins apareceram no telão fazendo graça em relação a quantas músicas ainda faltavam para finalizar o show…Tocaram mais 5, incluindo duas músicas da Joan Jett (“Bad Reputation” e “I Love Rock ‘n Roll”).

Show do Foo Fighters que durou 2h35min

O baterista Taylor assumindo os vocais

Final da apresentação do Foo Fighters

O festival acabou às 23h e para pegar o ônibus que me deixaria no Shopping demorei mais uns 40 min. Ok, achei que seria pior.

Assista abaixo o show completo do Foo Fighters.

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